Shalom!
Bem vindo a Israel! O pais onde todos se parecem com a gente, mas muitos usam aquele chapeuzinho braco no topo da cabeca - o quipa. Alias, aqui tem de tudo, de hippie de sandalinha de couro a maloqueiro com mochilao nas costas, ate aquelas pessoas estilo Ze do caixao, de roupa preta, chapeu preto, barba preta e uns rolinhos compridos na lateral da barba.
Primeiro dia
Confesso que pra mim foi tudo um espanto. A comecar pela chegada, num aeroporto liiindo e suuuper moderno. Eu ja estava um bagaco, depois de ter acordado as 6 da manha no Brasil, saido de confins as 10, esperado em Sao Paulo ate as 4 da tarde para embarcar pra Madri, chegar la as 7 da manha do outro dia, esperar ate 10 e vir pra Tel Aviv, onde cheguei as 5 da tarde, completando o que me deu a sensacao de umas 920 horas sem dormir. Pra completar, o taxista que me pegou no aeroporto nao sabia aonde ficava meu hotel, entao ele ficou dando voltas pela praia - acreditem, estou na praia! - ate que uma meia hora rodando ele achou o lugar, mas nao preocupem porque ele me cobrou muito bem por isso. Na mesma noite, resolvi sair a pe para achar algum lugar pra comer, achei um shopping aqui do lado, onde todos me olhavam super estranho e olha que eu nem tinha rolinhos de barba laterais.
Meu hotel eh lindo e fica em frente a praia!
Os taxistas em Israel tambem usam esteirinha no banco.
Segundo dia
Como hoje eh meu unico dia livre, resolvi fazer uma excursao para Jerusalem. Como qualquer bom turista, perguntei no hotel na vespera sobre algum passeio e, logico, me venderam o mais caro, e eu comprei. O onibus me pegou aqui as 7 da manha, o que pra mim e meu fuso horario era apenas 1 da madrugada. Resultado que peregrinei pela terra santa com uma dor de cabeca dos infernos.
A faixa etaria da minha excursao era 102 anos, entao eu virei a mascote da turma, um aversao adolescente de beata-catolica-fervorosa em Jerusalem. Mesmo sendo a mais agil entre a turma da terceira idade, eh claro que eu ficava pra tras em todos os passeios, afinal eu nao poderia deixar de fotografar nada. Com isso a guia comecou a me gritar de 5 em 5 minutos, refrao este que toda a excursao de vovos-americanos aprendeu e botou em pratica: "KaRRRRla bRRRRazilll" (assim com um R bem carregado, onde a guia falava com sotaque hebreu e os americanos com o sotaque que lhes eh peculiar).
Terceiro dia
Cheguei na empresa para meu primeiro dia de trabalho e fui recebida com a seguinte frase: "porque voce nao veio ontem?" Putz, sei la galera, no Brasil domingo eh dia santo, de ir a missa, e eu fiz mais que isso, fui a terra prometida e com isso estou perdoada. Mas na verdade ninguem me avisou que eu deveria ir trabalhar domingo e se avisassem eu teria ficado muito triste. No final deu tudo certo, as mocinhas sao otimas, os mocinhos simpaticos e entre outras coisas uteis, eu aprendi algumas palavras em hebraico.
A noite fui com minha coleguinha que eh do Vietnam (estes comedores-de-nuddles do meu fa-clube me perseguem desde Sheffield) passear pela marina, aonde os iates ficam estacionados esperando pelos israelitas mais abonados. A orla fica cheia de restaurantes lindos e com menus nao-identificaveis. Eh estranho andar pela cidade e se sentir uma analfabeta. Eh estranho tambem chegar ao final do dia e ver que as melecas do seu nariz estao como pedras de areia, se mexer esfarelam, porque o ar aqui eh muito seco.
Na volta, acabamos presenciando um casamento judaico na praia, com toda aquela cerimonia saida das novelas da Gloria Perez.
Quarto dia
Passei o dia todo na empresa, assistindo a apresentacoes e uma galera falando sem parar para uma plateia de 3 pessoas: eu, minha coleguinha vietnamita ja citada e outra da Russia. A sensacao que eu tenho eh de que estou aqui ha 2 semanas e a coisa esta ficando russa de tanta informacao. Os judeus estao mesmo judiando de mim.
A noite resolvi ir no supermercado decidida a comprar algo, ja que estou meio de saco cheio da comida dos restaurantes daqui. Chegando la me senti como uma crianca de 4 anos que ainda nao sabe ler. Olhava os rotulos, tentava ver algum desenho familiar para descobrir se o produto era feito de fruta, leite, castanha ou era so um sabonete. Depois de meia hora resolvi ir embora e comer um sanduiche em um cafe onde o menu era em ingles.
Primeiro dia
Confesso que pra mim foi tudo um espanto. A comecar pela chegada, num aeroporto liiindo e suuuper moderno. Eu ja estava um bagaco, depois de ter acordado as 6 da manha no Brasil, saido de confins as 10, esperado em Sao Paulo ate as 4 da tarde para embarcar pra Madri, chegar la as 7 da manha do outro dia, esperar ate 10 e vir pra Tel Aviv, onde cheguei as 5 da tarde, completando o que me deu a sensacao de umas 920 horas sem dormir. Pra completar, o taxista que me pegou no aeroporto nao sabia aonde ficava meu hotel, entao ele ficou dando voltas pela praia - acreditem, estou na praia! - ate que uma meia hora rodando ele achou o lugar, mas nao preocupem porque ele me cobrou muito bem por isso. Na mesma noite, resolvi sair a pe para achar algum lugar pra comer, achei um shopping aqui do lado, onde todos me olhavam super estranho e olha que eu nem tinha rolinhos de barba laterais.
Meu hotel eh lindo e fica em frente a praia!
Os taxistas em Israel tambem usam esteirinha no banco.
Segundo dia
Como hoje eh meu unico dia livre, resolvi fazer uma excursao para Jerusalem. Como qualquer bom turista, perguntei no hotel na vespera sobre algum passeio e, logico, me venderam o mais caro, e eu comprei. O onibus me pegou aqui as 7 da manha, o que pra mim e meu fuso horario era apenas 1 da madrugada. Resultado que peregrinei pela terra santa com uma dor de cabeca dos infernos.
A faixa etaria da minha excursao era 102 anos, entao eu virei a mascote da turma, um aversao adolescente de beata-catolica-fervorosa em Jerusalem. Mesmo sendo a mais agil entre a turma da terceira idade, eh claro que eu ficava pra tras em todos os passeios, afinal eu nao poderia deixar de fotografar nada. Com isso a guia comecou a me gritar de 5 em 5 minutos, refrao este que toda a excursao de vovos-americanos aprendeu e botou em pratica: "KaRRRRla bRRRRazilll" (assim com um R bem carregado, onde a guia falava com sotaque hebreu e os americanos com o sotaque que lhes eh peculiar).
Terceiro dia
Cheguei na empresa para meu primeiro dia de trabalho e fui recebida com a seguinte frase: "porque voce nao veio ontem?" Putz, sei la galera, no Brasil domingo eh dia santo, de ir a missa, e eu fiz mais que isso, fui a terra prometida e com isso estou perdoada. Mas na verdade ninguem me avisou que eu deveria ir trabalhar domingo e se avisassem eu teria ficado muito triste. No final deu tudo certo, as mocinhas sao otimas, os mocinhos simpaticos e entre outras coisas uteis, eu aprendi algumas palavras em hebraico.
A noite fui com minha coleguinha que eh do Vietnam (estes comedores-de-nuddles do meu fa-clube me perseguem desde Sheffield) passear pela marina, aonde os iates ficam estacionados esperando pelos israelitas mais abonados. A orla fica cheia de restaurantes lindos e com menus nao-identificaveis. Eh estranho andar pela cidade e se sentir uma analfabeta. Eh estranho tambem chegar ao final do dia e ver que as melecas do seu nariz estao como pedras de areia, se mexer esfarelam, porque o ar aqui eh muito seco.
Na volta, acabamos presenciando um casamento judaico na praia, com toda aquela cerimonia saida das novelas da Gloria Perez.
Quarto dia
Passei o dia todo na empresa, assistindo a apresentacoes e uma galera falando sem parar para uma plateia de 3 pessoas: eu, minha coleguinha vietnamita ja citada e outra da Russia. A sensacao que eu tenho eh de que estou aqui ha 2 semanas e a coisa esta ficando russa de tanta informacao. Os judeus estao mesmo judiando de mim.
A noite resolvi ir no supermercado decidida a comprar algo, ja que estou meio de saco cheio da comida dos restaurantes daqui. Chegando la me senti como uma crianca de 4 anos que ainda nao sabe ler. Olhava os rotulos, tentava ver algum desenho familiar para descobrir se o produto era feito de fruta, leite, castanha ou era so um sabonete. Depois de meia hora resolvi ir embora e comer um sanduiche em um cafe onde o menu era em ingles.
2 Comments:
Karlotinha!!!que saudades de vc!!e que inveja BRANCA de vc ter conhecido Jerusalém!! Espero que tenha tirado todas as fotos,ok? Beijos
Tia Cláudia
Eeeeee! Foi bem lindo, but tomorrow its time to leave... Mas aguarde o post from Madri!
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